Instrumentais:
O adufe
A concertina
A voz
O tear
cancioneiro:
lenga lengas
Cantos e músicas tradicionais
Técnicas:
Harmonização e arranjos
improvisação musical
sonoplastia dos objectos
Cena:
dramaturgia - imaginário para uma conversa de saberes
cenografia
iluminação
sonoplastia
a Linhar
...e Tuc Tuc
Monday, February 19, 2007
Wednesday, January 03, 2007
O encontro
A partir da ideia do Miguel Rainha de "tornar visível os sons dos teares e seus cantares", temos tecido um encontro que se tem alargado em gentes e vontades.
Encontrados os cantos são os encantos que se encontram:
O grupo de tecedeiras de Bogas do Meio
traz o tuque-tuque embalador
O grupo de cantadeiras do Paul
traz a cantiga disposta
O Artur Fernandes
traz a concertina vibrante
O Bit Ócas
traz outros tuque-tuques
O Pedro Leston
traz a candeia para melhor ver
O José Vilão
traz o sonoro para melhor escutar
Encontrados os cantos são os encantos que se encontram:
O grupo de tecedeiras de Bogas do Meio
traz o tuque-tuque embalador
O grupo de cantadeiras do Paul
traz a cantiga disposta
O Artur Fernandes
traz a concertina vibrante
O Bit Ócas
traz outros tuque-tuques
O Pedro Leston
traz a candeia para melhor ver
O José Vilão
traz o sonoro para melhor escutar
links
Alguns link sobre o espectáculo
Anúncio - Igreja de Silvares
Critica - Igreja da Aldeia de Joanes - Fundão
Anúncio - Igreja de Silvares
Critica - Igreja da Aldeia de Joanes - Fundão
Lenga Lenga
Gaiteiros de Lisboa : Lenga, lenga
Letra e música: popular
In: "invasões bárbaras"
Tenho uma roca de pau de figueira
Diz a minha mãe que não sou fiandeira
Diz meu pai casar, casar
Diz a minha mãe que não tem que me dar
Diz meu pai que me dá uma cabra
Diz aminha mãe que é danada, que é brava
Diz meu pai Nós a amansaremos
Tenho um tear de madeira de pinho
Diz a minha mãe não é estopa nem linho
Diz meu pai casar, casar
Diz aminha mãe que não tenho enxoval
Diz meu pai que me dá uma leira
Diz a minha mãe que não sou lavradeira
Diz meu pai Nós a amanharemos
Tenho dois fusos de ferro coado
Diz minha mãe que não os dê de fiado
Diz meu pai casar, casar
Diz a minha mãe que não tenho lençóis
Diz meu pai que mos compra depois
Diz a minha mãe que depois já é tarde
Diz meu pai Nós a escolheremos
Toca gaiteiro que nós dançaremos
Letra e música: popular
In: "invasões bárbaras"
Tenho uma roca de pau de figueira
Diz a minha mãe que não sou fiandeira
Diz meu pai casar, casar
Diz a minha mãe que não tem que me dar
Diz meu pai que me dá uma cabra
Diz aminha mãe que é danada, que é brava
Diz meu pai Nós a amansaremos
Tenho um tear de madeira de pinho
Diz a minha mãe não é estopa nem linho
Diz meu pai casar, casar
Diz aminha mãe que não tenho enxoval
Diz meu pai que me dá uma leira
Diz a minha mãe que não sou lavradeira
Diz meu pai Nós a amanharemos
Tenho dois fusos de ferro coado
Diz minha mãe que não os dê de fiado
Diz meu pai casar, casar
Diz a minha mãe que não tenho lençóis
Diz meu pai que mos compra depois
Diz a minha mãe que depois já é tarde
Diz meu pai Nós a escolheremos
Toca gaiteiro que nós dançaremos
Saturday, December 16, 2006
Tuesday, June 10, 2003
Na Aldeia de Joanes
As fotos:
A magia do som dos teares
Um grupo de tecedeiras manuais, cantadeiras e dois instrumentistas de eleição, produziram um espectáculo inesquecível. De ver e chorar por mais. Pura magia.
O espectáculo " A Linhar", da responsabilidade da Câmara Municipal do Fundão (CMF), é um encontro de gentes e vontades que pretende trocar saberes e sentires decorrentes de um caminho trilhado em conjunto, emergindo a arte tradicional da tecelagem manual em todas as suas cambiantes. Noutras ocasiões que presenciamos acontecimentos culturais/ musicais de qualidade, sentimos alguma dificuldade na adjectivação. Mas desta vez encontrar adjectivos para definir o espectáculo " A Linhar", afigura-se-nos uma tarefa ciclópica. De facto, por muito que nos esforcemos, provavelmente ficaremos aquém da forma adequada para qualificar este momento de rara beleza a deixar em êxtase o público que no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, encheu literalmente a igreja matriz de Aldeia de Joanes - Fundão.
"Maravilhoso", "encantador", "do outro mundo", "não me lembro de ver uma coisa assim", foram algumas das palavras que se ouviram repetidas vezes na boca dos que iam saindo da igreja quando finalizou este "sui generis" espectáculo, ideia do assessor cultural da CMF, Miguel Rainha, de "tornar visíveis os sons dos teares e seus cantares" , e do trabalho dos que encenaram e participaram nele. Uma viagem pela polifonia dos sons e emoções contidas. O som dos quatro teares de madeira manejados habilmente pelas tecedeiras de Bogas do Meio ecoava de mansinho. O tear, não foi mais que um espectador que permanece na expectativa de cada instante e assim leva a manta por diante. O seu canto é um gemido, são toque-toques involuntários, quando tece está consigo quem lhe confere as linhas da sua sina, troca os pentes nos seus cabelos de linho, são as festas da tecedeira e como o sino que badala dá à lançadeira o seu destino.
Virtuosismo nas vozes
Encontrados os cantos, são os encantos que se encontram num destino entrecruzado com as canções que a tecedeira canta nas horas de solidão interpretadas soberbamente pelas cantadeiras do Paul. Quatro vozes dolentes, harmoniosas que se juntaram ao "canto" dos teares. Mas como não bastasse esta polifonia que emocionava o publico, o Bit Ócas na percussão e o irmão Artur Fernandes na concertina, evidenciando um virtuosismo dos predestinados, enchiam a igreja de magia dos sons, muito bem acompanhados por uma iluminação sem reparo. O encerramento deste memorável espectáculo foi a cereja em cima do bolo. A penumbra tornava "irreal" a silhueta da cantadeira, entrecortada por feixes de luz muito ténues, um cenário a condizer com a magistral tecedeira briosa, um tema cantado com o sentimento que só a Leonor Narciso, consegue emprestar a esta emblemática canção que conseguiu pôr a todos com "pele de galinha".
Quem estava visivelmente satisfeito era o vereador do Pelouro da Cultura da CMF, Paulo Fernandes. "Este projecto insere-se na política cultural da Câmara, que procura preservar os valores, as tradições e as referências do nosso concelho" assevera Paulo Fernandes, que adiantou ainda que, " queríamos levar este espectáculo a Lisboa e também à capital da cultura em Coimbra. Vamos lá ver se conseguimos este objectivo".
a linhar 2003 ensaios |
a linhar 2003 espectáculo |
Um grupo de tecedeiras manuais, cantadeiras e dois instrumentistas de eleição, produziram um espectáculo inesquecível. De ver e chorar por mais. Pura magia.
O espectáculo " A Linhar", da responsabilidade da Câmara Municipal do Fundão (CMF), é um encontro de gentes e vontades que pretende trocar saberes e sentires decorrentes de um caminho trilhado em conjunto, emergindo a arte tradicional da tecelagem manual em todas as suas cambiantes. Noutras ocasiões que presenciamos acontecimentos culturais/ musicais de qualidade, sentimos alguma dificuldade na adjectivação. Mas desta vez encontrar adjectivos para definir o espectáculo " A Linhar", afigura-se-nos uma tarefa ciclópica. De facto, por muito que nos esforcemos, provavelmente ficaremos aquém da forma adequada para qualificar este momento de rara beleza a deixar em êxtase o público que no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, encheu literalmente a igreja matriz de Aldeia de Joanes - Fundão.
"Maravilhoso", "encantador", "do outro mundo", "não me lembro de ver uma coisa assim", foram algumas das palavras que se ouviram repetidas vezes na boca dos que iam saindo da igreja quando finalizou este "sui generis" espectáculo, ideia do assessor cultural da CMF, Miguel Rainha, de "tornar visíveis os sons dos teares e seus cantares" , e do trabalho dos que encenaram e participaram nele. Uma viagem pela polifonia dos sons e emoções contidas. O som dos quatro teares de madeira manejados habilmente pelas tecedeiras de Bogas do Meio ecoava de mansinho. O tear, não foi mais que um espectador que permanece na expectativa de cada instante e assim leva a manta por diante. O seu canto é um gemido, são toque-toques involuntários, quando tece está consigo quem lhe confere as linhas da sua sina, troca os pentes nos seus cabelos de linho, são as festas da tecedeira e como o sino que badala dá à lançadeira o seu destino.
Virtuosismo nas vozes
Encontrados os cantos, são os encantos que se encontram num destino entrecruzado com as canções que a tecedeira canta nas horas de solidão interpretadas soberbamente pelas cantadeiras do Paul. Quatro vozes dolentes, harmoniosas que se juntaram ao "canto" dos teares. Mas como não bastasse esta polifonia que emocionava o publico, o Bit Ócas na percussão e o irmão Artur Fernandes na concertina, evidenciando um virtuosismo dos predestinados, enchiam a igreja de magia dos sons, muito bem acompanhados por uma iluminação sem reparo. O encerramento deste memorável espectáculo foi a cereja em cima do bolo. A penumbra tornava "irreal" a silhueta da cantadeira, entrecortada por feixes de luz muito ténues, um cenário a condizer com a magistral tecedeira briosa, um tema cantado com o sentimento que só a Leonor Narciso, consegue emprestar a esta emblemática canção que conseguiu pôr a todos com "pele de galinha".
Quem estava visivelmente satisfeito era o vereador do Pelouro da Cultura da CMF, Paulo Fernandes. "Este projecto insere-se na política cultural da Câmara, que procura preservar os valores, as tradições e as referências do nosso concelho" assevera Paulo Fernandes, que adiantou ainda que, " queríamos levar este espectáculo a Lisboa e também à capital da cultura em Coimbra. Vamos lá ver se conseguimos este objectivo".
Thursday, July 25, 2002
A estreia em Silvares
Festival Terras de Xisto
A Linhar" (dia 25, 22 horas, na Igreja de Silvares) é um
espectáculo construído a partir das canções tradicionais do linho e
dos ciclos do linho, orientado por Artur Fernandes e Bitocas, com a participação de tecedeiras da "Flor do
Linho -- Grupo de Tecedeiras de Bogas do Meio" e Leonor Narciso
acompanhada pelo "Grupo de Cantadeiras do Paúl"
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